O 3º Encontro “Mulheres Rompendo Silêncios e Denunciando Violências”, promovido pela Pastoral da Mulher de Juazeiro – Unidade Oblata na região, teve como tema principal o Tráfico de Pessoas.
Para executar esta atividade, a Unidade criou uma história de pré-seleção de emprego e divulgou entre as mulheres que uma empresa viria até a cidade, com proposta de selecionar pessoas dispostas ao trabalho.
Joice Oliveira, Trabalhadora Social da Unidade, iniciou o momento solicitando para que as mesmas respondessem um questionário com as seguintes perguntas: seus exames ginecológicos estão em dia? Tem coragem de deixar sua família e ir para outro lugar trabalhar? Consome bebidas alcoólicas? Dentre outras. Em seguida conduziu as mulheres para outro ambiente, onde foi simulada uma boate de prostituição. Ao entrarem no espaço, foi informado que ali seria o novo trabalho delas e ordenou que dançassem com os clientes.
Um tanto assustadas com a surpresa, uma forma lúdica de mostrar às mulheres os riscos de propostas de empregos “irrecusáveis”, Joice falou sobre o Tráfico de Pessoas e órgãos, trazendo também a discussão entre elas, provocando-as a refletir se em algum momento ficaram desconfiadas e porque não questionaram sobre as perguntas feitas e a procedência da empresa?
Como forma de alertá-las sobre tais propostas de empregos, foi lido o depoimento de uma vítima do Tráfico de Pessoas para fins de exploração sexual, e mostrado um vídeo com os pais de uma jovem que foi traficada e morta – história semelhante, que inspirou a escritora Glória Peres a criar, na novela “Salve Jorge”, a personagem Jéssica.
O objetivo da atividade foi apresentar os mitos e verdades sobre o Tráfico de Seres Humanos, que contou com a participação da equipe da Pastoral da Mulher, tendo Ellen Sabrina fazendo o papel do “Cliente”, Tamirys e Railane fazendo o papel de “Mulheres Traficadas”, Janete e Mônica no opoio.
Ao final, foi realizada uma avaliação do encontro.
Conteúdos do blog
As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.
