Estado para que e para quem?
Representantes de duas unidades da Rede Oblata, Força Feminina (Salvador) e a Pastoral da Mulher de Juazeiro, participam do encontro regional da 5ª Semana Social Brasileira, em Feira de Santana/BA. Através das Semanas Sociais Brasileiras, cinco preocupações sempre estiveram presentes em seu contexto, história, motivações e resultados:
a) um diagnóstico da realidade sócio-política e econômica do país;
b) uma mobilização ampla de todas as forças vivas da sociedade (eclesiais e não eclesiais);
c) tomada de posição com relação a alguns compromissos concretos em âmbito global;
d) o protagonismo real e efetivo dos leigos;
e) o caráter propositivo dos debates.
Com o tema “Participação da sociedade no processo de democratização do Estado Brasileiro”, o encontro que ocorreu durante três dias – de 03 a 05 de maio, contou com a participação de Joviniano Neto – Cientista Político, que propôs uma reflexão acerca do Estado e seu papel, considerando o processo desigual de distribuição de renda, que gera as sequelas percebidas na sociedade.
Com sete mini-plenárias, as unidades da Rede, representadas por Railane Delmondes – Unidade de Juazeiro, Louraine Carvalho e Rosilene Ferreira – Unidade Força Feminina (Salvador), participaram com Jaqueline Leite – coordenadora do CHAME – Centro Humanitário de Apoio a Mulher, da oficina sobre Tráfico de Seres Humanos, onde foram propostas maiores intervenções na sociedade que garantam formação a esta, acerca do tema, que em sua complexidade, demanda maior atenção para o enfrentamento e atendimento das mulheres em situação de tráfico, buscando atentar as diferenciações entre tráfico e prostituição, considerando que em ambos os problemas existem favoráveis para essa situação que intimamente ligada a todo processo histórico de violência às mulheres, reforçado por uma sociedade marxista e patriarcal, onde os papéis da mulher a estigmatizam e a põem em condições desfavoráveis na sociedade e consequentemente, estas se tornam mais vulneráveis as variadas violações de direitos.
É compreendendo a importância do trabalho em rede, que a ação com as mulheres seja garantida, não somente com o trabalho de acolhida, mas cada vez mais buscando a intervenção em outros espaços políticos e de controle social, visando romper com o processo de invisibilidade a que são postas as mulheres em situação de prostituição.
Railane Delmondes – Unidade de Juazeiro, Louraine Carvalho e Rosilene Ferreira – Unidade Força Feminina (Salvador), participaram do evento.