Ministério da Justiça retira campanha do ar após acusações de machismo

Compartilhar

Campanha do Ministério da Justiça foi retirada do ar, depois de má repercussão nas redes sociais

Depois de uma repercussão ruim nas redes sociais e de acusações de promover o machismo e o bullying, o Ministério da Justiça retirou do ar a peça publicitária #bebeupartiu do ar esta quinta-feira (5). A pasta fez um pedido formal de desculpas e disse que se equivocou com a campanha, voltada para os foliões neste Carnaval.
 
A peça mostrava uma jovem com um celular na mão e em suas costas duas outras jovens rindo dela. Em uma tarja vermelha estava escrito: “Bebeu demais e esqueceu o que fez? Seus amigos vão te lembrar por muito tempo”.
 
Muitos internautas consideraram a peça conservadora ao julgar, mesmo que indiretamente, a mulher embriagada.
 
Outra peça divulgada pelo ministério mostra um jovem musculoso sem camisa sentado no chão, e uma outra imagem de um celular com troca de mensagens. Com destaque a frase: “Algumas cervejas. Horas jogados no chão. Vários whatsapps para a ex”. Essa peça não foi retirada do ar.
 
No texto de divulgação da campanha, o Ministério da Justiça diz que as peças “apelam para o bom-humor e situações cotidianas de abuso de álcool como uma ida ao hospital para uso de glicose, telefonemas e mensagens inconvenientes, perdas de memória”.
 
O Ministério da Justiça se desculpou nas redes sociais sobre a peça retirada do ar. 
 
“A campanha ‘#‎BebeuPerdeu’ é muito mais do que isso. Nós nos equivocamos com a peça. Ela tem o objetivo de conscientizar jovens até 24 anos sobre os malefícios do álcool. Atuamos em políticas públicas em conjunto com a Secretaria de Políticas para a Mulher (SPM) contra a violência doméstica, o feminicídio e outras formas de violência contra a mulher. Pedimos desculpas pelo mal entendido e ao mesmo tempo contamos com a colaboração de todos na campanha. Abraços”, escreveu em sua página do Facebook.
 
 
Do UOL, em São Paulo

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
Compartilhar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *