PJ desmantela rede que explorava prostitutas coreanas em Macau

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Rodrigo de Matos
 
Uma operação em larga escala da Polícia Judiciária (PJ), que contou com a colaboração das forças de segurança coreanas, levou à detenção anteontem de 39 pessoas envolvidas numa rede de prostituição que actuava em Macau. O grupo trazia mulheres da Coreia do Sul para trabalharem como prostitutas em alguns dos maiores casinos e hotéis do território.
 
“Foi uma operação coroada de êxito em que 50 dos nossos agentes atuaram de forma rápida e detiveram em flagrante 18 homens e 21 mulheres”, explicou Tam Weng Keong, chefe funcional da PJ, em conferência de imprensa ontem realizada na sede da Policia Judiciária. A operação envolveu 50 agentes da policia de investigação do território, que atuaram em simultâneo em vários pontos do NAPE e do Cotai, acrescentou o responsável da Polícia Judiciária.
 
Dos 18 homens detidos, com idades entre 23 e os 49 anos, 10 eram cidadãos sul-coreanos. Os restantes oito eram oriundos da República Popular da China. A Policia Judiciária deteve também 21 mulheres de nacionalidade sul-coreana, com idades compreendidas entre os 24 e os 37 anos. Os agentes das polícia de investigação do território apreenderam ainda 1,6 milhões de dólares de Hong Kong, uma grande quantidade de telemóveis e tablets, preservativos e utensílios de natureza sexual, além de nove furgonetas que eram usadas como montras ambulantes.
 
Prostitutas eram exibidas em carrinhas.
 
O esquema começava na Coreia do Sul, onde a rede captava mulheres que mostravam interesse em vir trabalhar para Macau como prostitutas. Uma vez na RAEM, eram transportadas em carrinhas, que levavam um máximo de seis mulheres a vários casinos e hotéis do território. À entrada dos estabelecimentos, membros do grupo aliciavam clientes, que iam até à carrinha escolher uma ou mais mulheres. As alegadas prostitutas prestavam serviços sexuais variados, pelos quais eram cobrados entre seis mil e 20 mil dólares de Hong Kong. Por cada serviço, independentemente do preço, a prostituta ficava com apenas dois mil dólares de Hong Kong. Desde Fevereiro, a rede terá feito um total de três milhões de dólares de Hong Kong.
 
A investigação lançada pela PJ teve origem num pedido de ajuda formulado pelas autoridades de Seul. Em Fevereiro a polícia sul-coreana alertou para as atividades da rede em Macau. As investigações da Judiciária levaram à operação desencadeada com sucesso no domingo. Os detidos vão responder criminalmente por lenocínio e organização criminosa.
 
 

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
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