‘A mulher é capaz de fazer o que quiser’, diz mecânica na Paraíba

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Darling dos Santos, soldadora na Paraíba (Foto: André Resende/G1)

O preconceito só pode ser quebrado quando mais mulheres perceberem que são capazes de fazer o que quiserem, independente do que for”. Darling dos Santos Silva é a prova deste ensinamento que ela faz questão de pregar. A paraibana de 24 anos trabalha há 4 anos como mecânica industrial na Cosibra, empresa de produção de cisal situada em Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa. A mecânica trabalha em um setor predominantemente masculino e ocupa a função de soldadora, fato inédito no setor industrial da Paraíba.

Superando preconceitos e temores
Antes de vencer qualquer preconceito que eventualmente existisse entre os colegas, Darling dos Santos relata que precisou primeiro superar o temor da própria mãe. Segundo ela, a mãe temia que pudesse existir algum tipo de assédio por conta do ambiente predominantemente masculino.
“Minha mãe tinha receio, achava que eu fosse sofrer com o preconceito, que fosse passar por algum tipo de situação complicada ou constrangedora. Mas só tenho a elogiar meus colegas, sempre tive a ajuda de todos quando precisei e nunca passei por nenhum situação mais constrangedora. Tive que aprender, por recomendação da empresa e por alertas da minha mãe, a me impor como uma profissional e como mulher”, relata.
De acordo com Roberta Viana, coordenadora do setor de Recursos Humanos da Cosibra, empresa que emprega Darling, foi preciso uma reunião com os colegas de trabalho antes de contratar a primeira mulher para o setor de mecânica. “Tivemos que orientar os funcionários sobre a presença de Darling. Ela sempre se mostrou uma profissional dedicada e qualificada, era do nosso interesse fazer com que Darling fosse efetivada, mas para evitar qualquer problema, tivemos que ter um cuidado redobrado na admissão”, contou Roberta Viana.

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
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