Equipe da Pastoral discute sobre o livro “Putafeminista”, de Monique Prada

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No último dia 20/02/2019 a equipe da Pastoral da Mulher realizou um momento formativo interno sobre a temática da prostituição, conduzido pela Assistente Social Anna Lícia Brito e pela Coordenadora Fernanda Lins, conforme previsto em planejamento.
 


A formação foi embasada pelo livro “Putafeminista”, da prostituta e militante do movimento de prostitutas, Monique Prada, e pelo livro “O que é lugar de fala”, da socióloga e militante do movimento feminista negro, Djamila Ribeiro.
 
Em um primeiro momento foi feita uma dinâmica, onde a equipe pode expor seus conceitos a cerca da palavra PUTA, terminologia tão carregada de estigmas e conotações em relação à mulher na sociedade.
 
Após a dinâmica, Anna Lícia apresentou em PowerPoint os conceitos de “Lugar de Fala” e “representatividade”, relacionando ao contexto da narrativa de Monique, quando afirma que prostitutas são silenciadas e invisibilidades nos espaços de discussão e construção de políticas. E Fernanda Lins adentrou na obra “putafeminismo”, conceituando a nomenclatura utilizada pela autora como título do livro, que tem origem nos movimentos de prostitutas da Europa e se define como um movimento que possibilita repensar toda a estrutura da prostituição e dar voz às trabalhadoras sexuais, fortalecendo a luta dessas mulheres por direitos e contra a opressão, sem que para isso precisem abrir mão de seu trabalho ou se envergonharem dele.
 
A formação foi um espaço dialogado onde se propiciou debates relevantes, agregando novos conhecimentos e reflexões aos profissionais que trabalham cotidianamente com o contexto prostitucional.

 

Fonte: Pastoral da Mulher
 

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
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