Violência contra mulheres segue com números alarmantes

Compartilhar

Prefeitura-promove-16-Dias-de-Ativismo-pelo-fim-da-violência-contra-mulher-e1415995786278-735x310

Mais de um milhão delas ainda é vítima de violência doméstica no Brasil anual

Do Jornal do Brasil 
Violação dos direitos humanos e crime, a brutalidade contra mulheres segue fazendo vítimas. Quase 40% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente e outras 34%, semanalmente. Os dados foramdivulgados pela Secretaria de Políticas para as mulheres da Presidência da República (SPM-PR), baseados noatendimento realizado pela Central de Atendimento à Mulher entre janeiro e outubro do ano passado. “Apesar de a Lei Maria da Penha ter trazido, desde 2006, grandes avanços no combate à violência contra a mulher, falta muito para uma queda significativa desses números”, afirma o advogado Luiz Fernando Valladão.
Muitas vítimas se recusam a procurar ajuda, seja por medo de sofrerem ainda mais abuso ou por estarem muito abaladas física ou psicologicamente, de acordo com o advogado. A lei Maria da Penha incentivou o crescimento do número de denúncias. Entre 2006 (quando a lei foi sancionada) e 2013, houve aumento de 600%. “Ainda existem muitos obstáculos nesse processo, além disso, não é raro que mulheres que sofreram algum tipo de agressão se recusem a delatar os autores, principalmente quando o ocorrido se repete dentro de casa”, pontua.
Os números comprovam essa afirmação. Ainda de acordo com o SPM-PR, em 67,36% dos relatos, os agressores foram homens com quem as vítimas tinham ou tiveram vínculo afetivo, como companheiros, cônjuges, namorados ou amantes. Outros 27% dos casos se deram com familiares, amigos, vizinhos ou conhecidos.
A pesquisa aponta também que 77,83% das vítimas têm filhos, sendo que mais de 80% deles presenciaram ou até sofreram violência. “Nesses casos, a mulher, muitas vezes, sente como se tivesse maior estímulo para denunciar. Contudo, às vezes, a vítima acredita estar financeiramente vinculada ao agressor e teme que ela e a família fiquem desprovidas”. Para o advogado, outro aspecto que dificulta é que o sistema ainda é muito falho no sentido de não punir os agressores. “Há problema em comprovar o crime. A violência psicológica, por exemplo, mesmo é algo que não deixa vestígios”, pondera Valladão.

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
Compartilhar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *