Dos profissionais que atuam no ramo, 65% são mulheres.
Baixa escolaridade dificulta a saída desse tipo de situação.
Uma pesquisa realizada por alunos do curso de serviço social do Centro Universitário Toledo revelou que 65% das pessoas que compõem a prostituição em Presidente Prudente são mulheres. Os dados também apontam que o motivo principal da escolha por esse tipo de atuação, com 89% das respostas, é a busca por dinheiro.
Mesmo com essa opção, o levantamento mostra que desse número, 97% das pessoas afirmam que querem um outro emprego. A professora Juliene Aglio Parrão, que coordenou a pesquisa, explica o motivo desses números.“Há uma baixa escolaridade, o que dificulta a saída dessa situação de risco que essas pessoas se encontram”.afirma.
Os dados mostram que 40% dessas pessoas possuem o ensino médio completo, 25% tem o ensino médio incompleto,15% concluíram apenas o fundamental e 5% são analfabetas. “Realmente, a pesquisa foi para comprovar os estudos que nós realizamos, a necessidade financeira e a vontade de sair dessa profissão de trabalho sexual”, ressalata a coordenadora.
O registro pontuou que a maioria das pessoas que optam pela prostituição são mulheres com idades entre 17 e 25 anos. Já os homens somam 35% do total destes trabalhadores.
O faturamento também foi questionado. Para 30% dos entrevistados a média de ganho é de R$ 100 por noite. Outros 26% alegam receber entre R$ 101 e R$ 300. Já para 18%, o valor é de R$ 301 e R$ 501. Para 15% dos profissionais, o recebimento é de R$ 501 e R$ 800 e apenas 11% informaram faturar mais de R$ 1 mil.
Em conversa com uma profissional do setor, que não quis se identificar, ela informou que só se interessou pela prostituição por causa do dinheiro. “Minha família, no caso, começou a precisar de uma condição melhor. Então, a única saída que eu vi foi entrar para a noite”, disse ela, que ainda contou se arrepender por isso.
A mulher também afirma que assim que conseguir deixar essa situação, passará a buscar seus sonhos. “Pretendo sair disso, fazer minha tão sonhada faculdade, poder viver sem medo da minha família descobrir ou de uma pessoa me machucar tanto no sentido físico, quanto no emocional”, conclui.