Irmãs Oblatas constatam que a exploração sexual de adolescentes está aumentando em Lobito (Angola)

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A prática da prostituição e a exploração sexual de  meninas adolescentes está  aumentando no município do Lobito, província de Benguela, afirmou na passada sexta-feira (20), a irmã brasileira Lúcia dos Santos, da congregação Irmãs Oblatas, do Santíssimo Redentor.


A católica fez este pronunciamento quando dissertava numa palestra sobre o fenômeno da prostituição, numa iniciativa da Direção Provincial da Família e Promoção da Mulher de Benguela.
 
Segundo a preletora, chegou a essa conclusão devido ao elevado número de adolescentes que praticavam a prostituição no Lobito e que atualmente procuram acolhimento no Centro Renascer, afeto à Igreja Católica.
 

Sem revelar o número de adolescentes acolhidas no Centro, a madre revelou que as menores que se prostituíam constituem 70 por cento da população albergada no lar.
As menores, ressaltou, têm idades compreendidas entre os 14 e os 17 anos.
 
Já a voluntária espanhola no Centro das Irmãs Oblatas,  Maria Silva,  disse que a prática da prostituição, principalmente entre adolescentes, constitui um problema para saúde pública devido aos riscos da transmissão de doenças sexuais.
 
 
Referiu que algumas das meninas acolhidas no centro são portadoras de doenças como VIH/Sida, gonorreia e sífilis.
 
Apelou às autoridades locais no sentido de promoverem mais campanhas de sensibilização no sentido de desencorajarem essa prática, principalmente entre as menores.
 
Por sua vez, a diretora provincial da Família e Promoção da Mulher de Benguela, Maria Chimbeia, precisou que o governo local tem realizado vários programas para desincentivar tais ações na região.
 
“O governo de Benguela está preocupado com a propagação deste fenômeno social, principalmente entre a juventude, e tem estado a implementar estratégias, em conjunto com os seus parceiros sociais, para reduzir a prática da prostituição na região”, argumentou.
 

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
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