Amsterdã pretende dar a prostitutas propriedade compartilhada de bordéis

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Amsterdã está procurando um investidor para comprar cinco prédios onde profissionais do sexo possam trabalhar coletivamente em seu próprio negócio de prostituição, disse um porta-voz do prefeito.
Homem caminha por um edifício com janelas de luz vermelha onde as prostitutas trabalhem nas ruas de Amsterdã. (Foto: Alexander Klein/AFP)

Edifício em Amsterdã tem janelas com luz vermelha, onde se exibem as prostituas
(Foto: Alexander Klein/AFP)
 

Atualmente, as prostitutas trabalham individualmente, alugando as janelas onde se exibem para clientes potenciais dos donos dos bordéis. Mas este sistema deixa as mulheres vulneráveis a cafetões.

As autoridades municipais esperam que as prostitutas estarão mais seguras se puderem trabalhar juntas num prédio alugado e administrado por uma empresa delas.

A fundação HVO-Querido, que ensina habilidades comerciais e de negócios para as trabalhadoras do sexo, vai ajudá-las a pôr suas empresas em execução.

“Estamos procurando uma terceira parte, um empreendedor social, para comprar estes edifícios e deixá-los para as prostitutas”, disse o porta-voz Jasper Karman.

“As trabalhadoras do sexo nos disseram que querem isso”, disse ele. “E iria fornecer uma receita decente para um terceiro.”

Os cinco prédios, no coração da zona de prostituição, ofereceriam 19 espaços de trabalho para cerca de 50 prostitutas. O bairro da luz vermelha atrai muitos turistas, mas muitos na cidade são contra a imagem do trabalho sexual.

Nos últimos anos, a cidade tem comprado bordéis e transformado os locais em lojas.

Mas críticos dizem que a redução no número de janelas para alugar tem elevado os preços, forçando as prostitutas a trabalhar nas ruas ou em apartamentos privados, onde são mais vulneráveis.

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/02/amsterda-pretende-dar-prostitutas-propriedade-compartilhada-de-bordeis.html 

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
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