Agressor de professora universitária permanece preso e julgamento deve acontecer até julho

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Segue detido na Penitenciária Dr. Edvaldo Gomes, em Petrolina, Teócrito Amorim, o agressor e ex-namorado da professora universitária Amanda Figueiroa. Segundo a própria Amanda, as informações de que ele sairia esta semana da unidade prisional foram apenas especulações. O juiz negou o pedido de liberdade provisória em que os advogados do agressor alegavam que ele tinha problemas psiquiátricos.
 
De acordo com o artigo 21 da Lei Maria Penha (Lei 11340/06), “a ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído ou do defensor público”. Segundo Amanda, não há possibilidade de Teócrito sair da penitenciária antes do julgamento, devido à repercussão do caso.
 
“A Justiça está empenhada em dar a devida punição ao caso, não apenas pela violência em si, mas pela repercussão em toda a região. A informação de que ele seria solto causou uma grande revolta nas pessoas”, explica Amanda. De acordo com ela, a própria defesa de Teócrito reconhece que é difícil retirá-lo da penitenciária agora.
 
Ontem (14), a professora recebeu a representante da Secretaria da Mulher de Pernambuco, Flávia Lopes. Juntas, elas conversaram com a delegada da Mulher, Raquel Rabelo, e com o juiz que acompanha o caso, Cícero Everaldo. A expectativa é de que a primeira audiência aconteça no mês de março e o julgamento seja realizado ainda no primeiro semestre deste ano.
 
Recomeçar
Em entrevista ao Blog, Amanda disse “estar melhor” e agradeceu as mensagens de apoio e carinho que chegam de toda a parte. A professora planeja mudar-se de Petrolina e começar uma nova fase de sua vida.
“A Reitoria da Univasf está me dando todo o apoio em relação à transferência para outra instituição de ensino. Eu não estou preparada para ficar aqui. Ainda estou assustada e minha família não está tranquila, já que meus familiares não moram em Petrolina”, explica Amanda.
 
Publicado por Carlos Britto 15/02/2013 às 6:20

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As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
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