Exigem a Peña Nieto ação contra assassinatos de mulheres

Compartilhar
Em 13 anos, de 2000 a abril de 2013, foram encontrados 357 corpos de mulheres abandonadas em ruas, terrenos baldios, barrancas, zonas de construção, rios, quartos de hotel ou casa de segurança, muitas delas atacadas em suas casas.
 
Com estes dados, a Comissão Independente de Direitos Humanos de Morelos enviou hoje uma carta a Enrique Peña Nieto para pedir que emita uma declaração de Alerta de Violência de Gênero (AVG) no estado, e denunciar que as autoridades têm sido omissas diante do problema.
 
“Todas elas foram torturadas, maltratadas, amedrontadas e viveram humilhações, foram golpeadas até a morte. Todas ficaram isoladas e desprotegidas, aterrorizadas, ameaçadas, viveram a mais extrema impotência de desamparo”, disse a carta.
 
Diante desta extrema violência contra as mulheres e meninas em Morelos, não se tem feito ações efetivas para a prevenção, tratamento, combate e erradicação deste delito no estado, apesar de haver números claros e estatísticas que permitem conhecer a gravidade do flagelo.
 
Segundo a informação reunida pela comissão, de 2000 a 2005 se representam 122 casos de feminicídio; em 2006 foram 20; em 2007 aumentou para 29; em 2008 o número cresceu para 31, em 2009 se documentou 36.
 
Até outubro de 2010 foram 40 casos; em 2011 o número foi também de 40 e em 2012 totalizaram 39.
Estes casos de violência extrema, diz o grupo, ocorreram em 25 municípios: Yecapixtla, Cuernavaca, Puente de Ixtla, Tepoztlán, Emiliano Zapata, Ayala, Zacatepec, Yautepec, Cuautla, Xochitepec, Jonacatepec, Huitzilac, Temixco, Jiutepec, Miacatlan, Axochiapan, Amacuzac, Jojutla, Tlaquiltenango, Atlatlahucan, Mazatepec, Tlayacapan, Tepalcingo, Tetecala y Tlaltizapan.
 
Diante da falta de ações para erradicar estes assassinatos, de janeiro a 14 de abril deste ano se tem cometido 15 execuções, pela qual a Comissão Independente de Direitos Humanos informa que assinalou à violência feminicídia é uma reclamação de toda a sociedade, e em particular, de todas as pessoas próximas, amigos e família que ficaram com “um grande vazio e sem justiça”.
 
Criticou que isto aconteça mesmo existindo em Morelos a Lei de Acesso das Mulheres a uma Vida Livre de Violência, que estabelece princípios e critérios que devem orientar as políticas públicas para reconhecer, promover, proteger e garantir o direito das mulheres a prevenção, atenção e acesso à justiça.

Fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&langref=PT&cod=74748

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
Compartilhar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *