Meninas de oito anos são ‘ensinadas’ a satisfazer um homem na cama

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Meninas de oito anos de idade no Moçambique e na Zambia estão sendo forçadas a irem para campos onde elas são “ensinadas” a satisfazer um homem na cama. O objetivo do “treinamento”, segundo ativistas, é prepará-las para a vida conjugal. A denúncia foi feita nesta quinta-feira (21), durante uma conferência internacional para acabar com o casamento infantil organizada pela Girls not Brides.

A iniciação sexual das crianças é feita após a primeira menstruação e é comum que elas sejam violentadas com o uso de objetos, segundo Persilia Muianga, da agência internacional World Vision.De acordo com Muianga, algumas mães forçam suas filhas a manterem relações sexuais, por acreditarem que a prática pode fazer com que elas fiquem menstruadas.

Segundo o embaixador da boa vontade da União Africana, Nyaradzayi Gumbonzvanda, o casamento infantil deve ser visto como uma forma de escravidão moderna.”[Com o casamento infantil] estamos sancionando o estupro, o rapto, uma forma moderna de escravidão, o tráfico, e o trabalho forçado”, afirmou ele. De acordo com informações da Reuters a mãe e a irmã de Gumbonzvanda foram obrigadas a se casarem ainda crianças, no Zimbábue.

Cerca de 15 milhões de crianças e adolescentes são casadas todos os anos. A prática faz com que elas sejam privadas de educação e oportunidades, e aumenta as chances que elas sejam vítimas de exploração, violência sexual, abuso doméstico e morte no parto.De acordo com Gumbonzvanda, que também participa do evento em Casablanca, o casamento infantil, além de impactar a vida das jovens, mina o desenvolvimento de suas comunidades e países. “Manter as meninas na escola e impedir os casamentos infantis é crucial para o desenvolvimento da África”.

Quase metade das meninas em Moçambique e cerca de 40% na Zâmbia são casadas antes dos 18 anos, mesmo que a legislação proíba o casamento infantil em ambos os países. Cerca de 700 milhões de mulheres vivas atualmente se casaram quando crianças, o que representa 10% da população mundial.
 

FONTE:

  • Com informações Brasil Post

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As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
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