O terceiro estudo da Rede Oblata aconteceu na manhã desta quarta-feira, 05 de abril, e teve como tema: Prostituição e exclusão Social.
A mediadora,Railane Delmondes, baseou-se em textos de Jesse Souza e Patrícia Mattos, extraídos do livro “A ralé brasileira” e um artigo de Octávio Sacramento e Manuela Ribeiro: “Mulheres marcadas: prostituição, ordem e exclusão”.
A exclusão social configura-se como um processo caracterizado pela diminuição e marginalização de um grupo de pessoas ou indivíduos em todas as instâncias da vida social. Pode ser também a privação e dificuldade de acesso aos direitos básicos, como direitos de cidadania, aos recursos economicos, aos bens sociais e a participação social. Sendo que a ruptura do laço social, conduz ao isolamento, desconfiança e rejeição, ou seja a não participação plena na sociedade.
Patrícia Mattos se propõe a mostrar a tensão vivida pelas prostitutas, como as condições materiais e sociais precárias de existência constroem subjetividades precarizadas, com baixa autoconfiança e autoestima, que irão cumprir um desafio inexorável de viver uma vida “sem saída”, sem reconhecimento social. A prostituição apresentada por Patrícia é demonstrada por um viés subjetivo relacionando com a falta de segurança afetiva, infância não vivenciada, abusos sexuais e as estruturas que levam para escolha pré-escolhida.
Para ilustrar a temática, Railane utilizou o longa-metragem brasileiro “Baixio das Bestas”, filme produzido em 2006, dirigido por Cláudio Assis, que retrata cenários de violência no contexto de prostituição; abuso e exploração sexual de menores; situações de vulnerabilidade e pobreza e a omissão do Estado frente às questões sociais.
Foi um momento de reflexão e aprendizado bastante rico, considerado por todos como um espaço extremamente valoroso para o processo de formação continuada da equipe.
Fonte: Pastoral da Mulher.