Nesta segunda-feira (25) completou um mês do rompimento da barragem I da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). Seguindo uma mobilização nacional, trechos das principais ruas do centro da cidade de Juazeiro (BA) deram passagem a um Ato Político organizado por movimentos populares e instituições de apoio da região, onde centenas de pessoas foram prestar solidariedade às vítimas da tragédia e clamar pela vida do Rio São Francisco que está ameaçada.
A concentração foi na Praça Dedé Caxias (localizada na Avenida Adolfo Viana, esquina com a Rua Oscar Ribeiro). A preocupação que a lama da barragem, que contém metais pesados, chegue ao Rio São Francisco, tem mobilizado a população dos municípios de Juazeiro e Petrolina (PE). Passado um mês da tragédia causada pelo rompimento da Barragem 1 da Vale em Brumadinho (MG), os trabalhos de buscas tentam localizar 134 desaparecidos. O número de mortos chega a 179.
Em caminhada, as/os manifestantes seguiram até a Orla Nova, onde aconteceu uma celebração inter-religiosa guiada pela representante dos povos de terreiro, Ioná Pereira, e pelo bispo da Diocese de Juazeiro, Dom Beto Breis.
Pescadores/as, agricultores/as, representantes das Pastorais Sociais, lideranças comunitárias, artistas, estudantes e religiosos/as, fizeram pronunciamentos, cantaram ou ecoaram gritos de ordem durante o trajeto, despertando a população para a gravidade do problema e cobrando justiça.
A equipe da Pastoral da Mulher, Unidade Oblata em Juazeiro/BA, também se fez presente no ato, se solidarizando com todas as famílias que sofrem pela perda dos seus entes queridos nessa tragédia e cobrando das autoridades uma ação efetiva para que os rejeitos não cheguem até o Rio São Francisco, principal fonte de vida para os que moram aqui na região.