Após um ano da execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Pedro Gomes, muitas cidades realizaram homenagens em memória ao legado da vereadora. Em Juazeiro/BA, mesmo debaixo de sol intenso, várias pessoas deixaram suas rotinas e se reuniram em um ato que percorreu o centro da cidade. O grito era de justiça e de esclarecimento pela execução da mulher negra, mãe, homossexual, periférica e defensora dos direitos humanos.
A caminhada foi organizada pelo PSOL de Juazeiro, contando com o apoio e envolvimento de outros partidos políticos, movimentos sociais, estudantis e o Conselho da Mulher.
A equipe da Pastoral da Mulher também esteve presente, representando todas as mulheres atendidas pela instituição que sofrem cotidianamente as mais diversas formas de violência, por serem mulheres, negras, pobres, prostitutas e periféricas.
Várias pessoas sensibilizadas acompanharam o protesto demonstrando sua inquietação e solidariedade pelo caso. Diante dos diferentes pronunciamentos o que ecoou foi “quem mandou matar Marielle?”.
Marielle Franco
Marielle foi a quinta vereadora mais votada no Rio nas eleições de 2016 com mais de 46 mil votos. Ela se apresentava como “Cria da Maré”.
Socióloga formada pela PUC-Rio e mestra em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), teve dissertação de mestrado com o tema “UPP: a redução da favela a três letras”. Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado de Marcelo Freixo.
Fonte: Pastoral da Mulher