O Covid-19 (coronavírus) já chegou em 38 países do continente africano, dentre eles, Angola, onde temos comunidade religiosa e projeto de missão Oblata. Devido ao sistema de saúde precário, a falta de materiais básicos, as poucas condições sanitárias e a desnutrição são fatores cotidianos que se somam aos desafios da saúde pública das (os) angolanas (os).
O governo atuante rapidamente adotou as medidas de prevenção com o intuito de conter a propagação do vírus, uma vez sabendo que o país carece de sistema de saúde básica. As medidas têm sido semelhantes às adotadas em diversos países dos demais continentes: fechamento de fronteiras marítimas e terrestres, bem como a suspensão temporária de voos internacionais; fechamento de escolas, universidades e locais de cultos religiosos; dentre outras.
No dia 26 de Março, o governo anunciou um decreto de situação de emergência no país, solicitando a todas (os) cidadãs (ãos) a permanecerem em suas casas em #quarentena. O governo de Angola suplica à população para colocar em prática a responsabilidade pessoal e coletiva, contendo assim, os possíveis danos que podem ser gerados no país.
Angola se une a todos os demais países e povos em prece e responsabilidade pessoal e coletiva, para juntos combatermos este mal que assola toda a humanidade.
Nós, Irmãs Oblatas presentes em Angola, temos buscado neste tempo intensificar nossas orações pedindo a Deus que olhe por esta realidade que toda a humanidade está passando, assim como também, na medida do possível, sensibilizar de maneira especial a sociedade angolana com os cuidados básicos e necessários para combater esta pandemia através dos meios de comunicação que temos acesso. Percebemos que muitas são as informações catastróficas que diariamente os meios de comunicação veiculam na mídia angolana. Em parte, é importante manter a população informada, mas também o excesso de informação no teor negativo apavora, assusta; amedronta e gera pânico na população. Nossas preocupações são imensas frente ao chamado “FIQUE EM CASA”, quando olhamos para a realidade angolana, sobretudo a realidade das mulheres que acompanhamos em nossa missão local através do projeto Renascer. Então, nos perguntamos:
Tem casa? Quais as condições da casa? Tem saneamento básico? Está assegurada com alimentação, ou seja, pode se dar ao “direito” de ficar em casa e ao mesmo tempo ter garantido o sustento alimentar? Quantas mulheres neste tempo estão sofrendo violência doméstica por se prevenirem da pandemia?
A realidade já era problemática antes mesmo da chegada desta pandemia, agora é a existência de uma soma de diversos desafios que atentam contra a VIDA. Estamos convencidas de que nosso papel como Oblatas hoje, em Angola, é sermos anunciadoras de #ESPERANÇA – CONFIANÇA – LUTA – #JUSTIÇA e sobretudo de HUMANIDADE. Esperamos que este tempo inseguro e de medo que a humanidade toda está enfrentando sem distinção de raça, cultura, situação econômica, gênero, religião, dentre outros, possa resgatar em nosso SER DE PESSOAS a HUMANIDADE, a verdadeira #COMPAIXÃO e #MISERICÓRDIA, aproximando mais as nossas relações com sentido verdadeiro de importância, de solidariedade e fraternidade.
Que este tempo nos ajude a resgatar os verdadeiros valores que geram e promovem #VIDA, a VIDA EM ABUNDÂNCIA tão dita e anunciada por Jesus de Nazaré.
Evelyn Caroline Osr
Hnas. Oblatas del Santísimo Redentor