Vivenciando a Cidadania

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A Cidadania é um conceito que está em constante movimento, evoluindo junto com as mudanças sociais em cada tempo histórico. Em um sentido atual, seria a condição de um indivíduo enquanto membro de uma comunidade, com direitos e deveres. Dessa forma todos nós somos cidadãos portadores de obrigações sociais estabelecidas em lei e que devemos usufruir de bens e serviços ofertados pelo Estado.

A prática da cidadania é algo inacabado, visto que cotidianamente estamos buscando acessar direitos e nos relacionar de forma harmônica com um conjunto de pessoas que tem objetivos comuns. Somos seres essencialmente sociais, assim temos redes de relacionamentos (amigos, familiares, trabalho, reses sociais) e através de hábitos sociais, vivenciamos o processo de cidadania coletiva

Quando se fala em cidadania, popularmente ainda se remetem ao ato de votar de ser votado, contudo, é algo mais amplo, ela nos possibilita participar ativamente das decisões e do controle social, através dispositivos legitimados.

A Constituição Federal Brasileira de 1988, é considerada uma constituição cidadã, por ter sido construída a partir de participação popular. Dessa forma, o povo deliberou para construir uma sociedade com possibilidades justas e igualitárias para todos, independente de classe social, raça ou etnia. O acesso a saúde, educação, alimentação, trabalho, moradia, proteção à infância, a maternidade, a velhice, dentre outros, são diretos constitucionais de cidadania.

Para se construir uma cidadania ativa, é necessário ter acesso à informação, o que possibilita no ser social o desenvolvimento de uma capacidade crítica de reivindicar e de se posicionar frente arbitrariedades, além de se comprometer pelo bem comum. Como um exemplo bastante atual, temoso contexto da Pandemia causada pela Covid 19, todos nós precisamos respeitar as restrições e orientações médicas para garantir nossa vida e a do próximo, assim, quando realizamos o isolamento social e tomamos todas as formas de cuidado, estamos cumprindo com o nosso dever enquanto cidadãos.

A consolidação da cidadania das mulheres atravessa os desafios das desigualdades de gênero impostas pela cultura patriarcal. Para dialogar com o público assistido pela Pastoral da Mulher, unidade Oblata em Juazeiro, durante o mês de abril estaremos conversando sobre esse tema, através das plataformas virtuais, a partir de diversas perspectivas, com o apoio de parceiros. Os temas abordados foram elencados a partir da participação das assistidas através de enquete enviada via whatsaap.

“Nós mulheres muitas vezes ainda precisamos reivindicar até nosso direito a voz” (Érica Daiane)

Texto: Anna Licia Brito – Assistente Social e Railane D. dos Santos – Educadora Social

*** Imagem de Kurious por Pixabay

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
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