Prostitutas de Amsterdã protestam contra fechamento de vitrines

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Cerca de 115 das 500 vitrines do bairro da luz vermelha já foram fechadas.
‘Queremos ser levadas a sério pelos políticos’, diz porta-voz das prostitutas.
 
 
A proposta da prefeitura de Amsterdã de reformar e fechar algumas vitrines do célebre Red Light District, o bairro da luz vermelha, provocou a revolta de prostitutas e simpatizantes, que saíram às ruas nesta quinta-feira (9) em repúdio à intenção da administração municipal.
 
“Cerca de 250 pessoas participaram de uma manifestação no distrito da luz vermelha para protestar contra o fechamento das vitrines”, informou à agência France Presse um porta-voz da polícia da capital holandesa, Marjolein Koek.

Prostitutas fazem protesto contra fechamento de vitrines em Amsterdã. na Holanda (Foto: Robin Van Lonkhuijsen/ANP/AFP)Prostitutas fazem protesto contra fechamento de vitrines em Amsterdã. na Holanda (Foto: Robin Van Lonkhuijsen/ANP/AFP)
 
As prostitutas usavam máscaras para evitar serem reconhecidas e levavam cartazes onde se lia “não nos salvem, salvem nossas vitrines” ou “parem de fechar nossas vitrines”.
 
A cidade de Amsterdã quer fechar parte dos famosos bordéis do Red Light District para lutar contra a criminalidade e o tráfico de seres humanos, de acordo com a imprensa holandesa.
Cerca de 115 das 500 vitrines do bairro já foram fechadas.
 
As prostitutas estimam que os projetos da cidade as privam de um local de trabalho seguro.

Mascaradas, prostitutas de Amsterdã protestam contra fechamento de vitrines de bordéis (Foto: AP Photo/Peter Dejong)Mascaradas, prostitutas de Amsterdã protestam contra fechamento de vitrines de bordéis (Foto: AP Photo/Peter Dejong)
 
“O sexo é uma profissão legal na Holanda e nós precisamos de apoio, queremos ser levadas a sério pelos políticos”, reclamou uma porta-voz das prostitutas, que se manteve em anonimato, citada pela agência de notícias ANP.
 
“Nós ainda somos tratadas como párias e estamos sendo colocadas pra fora do bairro sem que ninguém pedisse nossa opinião”, acrescentou.
 
Durante o evento, muitas vitrines famosas permaneceram vazias. Um cartaz colado a uma janela acusava o prefeito: “Você está roubando nossos empregos”.
 
Cerca de 7.000 pessoas trabalham no ramo do sexo tarifado em Amsterdã, e 75% delas vêm de países de baixa renda, especialmente do leste europeu, segundo a prefeitura da cidade.
 
A prostituição foi legalizada na Holanda no ano 2000.

Mascaradas, prostitutas de Amsterdã protestam contra fechamento de vitrines de bordéis (Foto: AP Photo/Peter Dejong)

Cerca de 250 pessoas protestam contra fechamento de vitrines de bordéis de Amsterdã (Foto: AP Photo/Peter Dejong)

                                                                     

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As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
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