A Organização das Nações Unidas (ONU) lança hoje, quarta-feira (23), na Bahia
a Campanha Coração Azul, através do Ministério da Justiça, que conta com a participação
de diversos artistas nacionais que se dedicam ao enfrentamento do tráfico de pessoas.
O lançamento acontece durante o encontro entre representantes dos núcleos de enfrentamento
ao tráfico de todo o Brasil e equipes de profissionais responsáveis por recepcionar pessoas
deportadas e não admitidas em outros países.
A Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Estado da Bahia exibirá o
documentário Tráfico de Pessoas: A Escravidão Moderna, que pretende alertar o público
jovem sobre esse tipo de crime e violação aos direitos humanos. Na oportunidade, serão
exibidos os depoimentos de três vítimas baianas que contam seus sonhos, perigos, dores e
os desafios do retorno para casa, além das entrevistas com parceiros da rede de
Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas no Estado da Bahia.
O tráfico de pessoas é apontado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime
(UNODC) como uma das atividades criminosas mais lucrativas do mundo, que atinge
cerca de 2,5 milhões de vítimas, movimentando, aproximadamente, 32 bilhões de
dólares por ano. De acordo com dados levantados pela CPI do Tráfico de Pessoas no Brasil,
a Bahia é o terceiro Estado que mais fornece vítimas, mulheres e crianças, para fins de
exploração sexual no País. Sessenta dos seus municípios integram a rota do tráfico de
pessoas no nordeste brasileiro.
Conteúdos do blog
As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.