Rachel Moreno: ideia é criar controle social da mulher na comunicação.

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Rachel Moreno lançou o livro A Imagem da Mulher na Mídia
 
Uma mulher virou presidente da República, várias são tomadoras de decisão em grandes empresas e outras ocupam o alto escalão de setores que vão da tecnologia à construção civil, do mercado financeiro ao meio acadêmico. Mas o que é reproduzido nos meios de comunicação ainda não acompanha essa representatividade feminina na sociedade brasileira. É o que aponta A Imagem da Mulher na Mídia, livro da psicóloga Rachel Moreno que será lançado na cidade de Santo André no Sindicato dos Bancários, no presente mês.
 
 
 
Reflexões da especialista passam tanto pela criação publicitária, que faz uso dos estereótipos da mulher, quanto pela forma como o conteúdo editorial veiculado nos canais brasileiros aborda a presença feminina. A Beleza Impossível, livro anterior da autora, fala inclusive de como o corpo é fatiado e vendido em partes nas propagandas.
“Se a mulher está em todos os níveis da sociedade e acumula quatro anos a mais que os homens em qualquer nível de estudo, a gente estranha que isso não esteja nesses espaços”, explicou Rachel, que cita, por exemplo, o fato de mulheres raramente serem colocadas como especialistas em reportagens na TV, enquanto aparecem aos montes em depoimentos como vítimas.
 
A ideia é de se criar um controle social da mulher na comunicação. Em recente participação na Conferência Nacional de Comunicação, porém, alguns empresários trataram o assunto como meio de censura. “Isso deixou o movimento num impasse, porque muitas pessoas acabaram repensando até que ponto a palavra controle remete à censura. Obviamente somos contra a censura, é algo que lutamos contra também”, pontuou Rachel.
De acordo com a militante, uma espécie de conselho poderia ser criada com participação de empresas e sociedade civil ou até usando a estrutura da Secretaria de Políticas para as Mulheres.

O exemplo que vem de fora

Rachel Moreno resolveu buscar em outros lugares exemplos do funcionamento de legislação sobre o tema. Encontrou referências em 11 países e passou a pedir para que estrangeiros relatassem o funcionamento dessas leis.
 
Contra a censura, explicou à psicóloga, todos os textos logo explicitam na primeira frase: está garantida a liberdade de expressão. Depois, passam a defender que a mídia tem um papel fundamental na construção da cultura de um país, e por isso se faz necessário um acordo sobre que tipo de imagem chega até a sociedade.
Os outros países pregam a igualdade entre as pessoas, dizem que se colocam contra a luta de gênero. E isso também existe no Brasil”, disse.
conta ainda que no Canadá um conselho autogestionado analisa até o conteúdo colocado em games, enquanto alguns países focam mais na publicidade ou no que é veiculado como um todo. A escritora reforça em A Imagem da Mulher na Mídia que democracias consolidadas e bem estabelecidas podem, sim, conviver com um controle social da imagem feminina. “O que precisamos é de um acordo. Não tem nada de imposição”, concluiu.

 

Disponívelem:http://observatoriodamulher.org.br/site/index.php?option=com_content&task=view&id=7849&Itemi

 

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
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