Bahia registra 15.751 casos de violência contra a mulher este ano

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O balanço feito inclui crimes como homicídio, tentativa de homicídio, feminicídio, estupro, lesão corporal e ameaça

Um basta à violência contra a mulher (Reprodução/APAV/Reprodução)

O estado da Bahia registra 15.751 casos de violência contra a mulher, desde o início do ano até meados de maio.
 
O balanço inclui crimes como homicídio, tentativa de homicídio, feminicídio, estupro, lesão corporal e ameaça.

Os dados foram divulgados dia 26/05/2017 pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado, que considerou, para o levantamento, somente as vítimas maiores de 18 anos.
 
Do total, 125 mulheres foram assassinadas no estado e, apesar do número de homicídios, somente 14 deles foram considerados feminicídio, qualificadora da pena que considera o gênero como motivação para o crime.
 
No interior do estado, foram 11 casos de feminicídio e, na região metropolitana de Salvador, três casos.
 
Na capital, no entanto, nenhum registro foi registrado pela SSP.
 
Além dos casos de homicídio contra mulheres, outros tipos de violência física foram registrados, como 118 tentativas de homicídio em todo o estado e 5.021 casos de lesão corporal provocada, intencionalmente, por agressão.
 
Os casos de estupro na Bahia somam 158, incluindo 34 em Salvador.
 
Apesar do grande número de casos apontados, anualmente, pelos órgão públicos, o estado da Bahia teve, somente este mês, a primeira condenação por feminicídio, desde que a lei foi instituída.
 
O julgamento resultou em pena superior a 22 anos de prisão ao culpado.
 
O estado da Bahia tem 417 municípios e, de acordo com a SSP, apenas 15 delegacias especializadas de Atendimento à Mulher (Deam).
 
Nesta sexta-feira (26), foi inaugurada uma unidade no município de Paulo Afonso, que contabiliza, somente este ano, 500 casos de violência contra a mulher.
 
A cidade registrou, no ano passado, cerca de 1.400 ocorrências do tipo.
 
Em casos de violência contra a mulher, não é preciso que a vítima denuncie o agressor.
 
Qualquer situação do tipo deve ser denunciada nas delegacias da mulher ou em delegacias comuns, caso a cidade não tenha Deam.
 
Outra forma de denunciar esse tipo de violência é por meio de ligação para o telefone 180.
 
Fonte:http://exame.abril.com.br/brasil/bahia-registra-157-mil-casos-de-violencia-contra-a-mulher-em-2017/

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
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