A Pastoral da Mulher – Unidade Oblata – está celebrando 42 anos de atuação em Juazeiro- BA. Com a missão e o compromisso de apoiar em solidariedade, luta por justiça social e direitos as mulheres que exercem a prostituição e estão em contexto de vulnerabilidade social, a instituição segue se reinventando, mesmo diante de tempos difíceis.
Nessas quatro décadas, à luz do horizonte indicado pelos nossos fundadores, Pe. Serra e Madre Antônia, a Congregação das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor, junto com a equipe multidisciplinar e a participação das assistidas, em um movimento constante de ensino aprendizagem, construíram um espaço de acolhimento que busca possibilitar o protagonismo das mulheres em contexto prostitucional para a afirmação da cidadania.
O desenvolvimento planejado de atividades e ações de cunho socioeducativo e no campo da espiritualidade permite o fortalecimento das mulheres, o desenvolvimento de consciência crítica e o empoderamento para superação do estigma social que corrobora com a negação de direitos.
Na caminhada pela garantia dos direitos humanos, acreditamos que é necessária a junção de forças, por isso, apostamos na sensibilização social e na solidificação de parcerias com profissionais e instituições públicas e privadas da região que contribuem com um atendimento mais humanizado e qualificado ao público nos diversos espaços sociais.
Vivenciando uma espiritualidade holística que adota a diversidade, o compromisso com o meio ambiente e a realidade social, colhemos os frutos no cotidiano através das ressonâncias das mulheres, alimento diário da missão, como explicitado por uma assistida:
“A pastoral da mulher pra mim está sendo uma segunda casa , onde tenho pessoas que sempre estão dispostas a ouvir , acolher e a da todo suporte em tudo. Os profissionais que estão lá são maravilhosos , sempre dispostos a ajudar e ouvir todas nós mulheres. Quero deixar aqui minha eterna gratidão por essa segunda família que ganhei. Que Deus abençoe a todos e que a Pastoral da mulher continue sendo essa casa acolhedora. Desejo um feliz aniversário a essa instituição que sempre possa estar disposta a nos receber e nos acolher maravilhosamente bem.”
(Mulher assistida)
Nesse sentido, celebramos a vida, o vínculo construído e a esperança.
À vida, concedida pelo divino e que nos dá a garantia de dias de lutas e de glórias com todos os desafios para resistir às dificuldades de todo um sistema excludente no qual estamos inseridas.
O vínculo que se fortalece num momento em que o distanciamento é a prioridade para a nossa sobrevivência.
E a esperança de que o tempo vai nos fazer voltar ainda mais fortes e livres, para usufruirmos de todos os direitos já conquistados e continuarmos escrevendo essa história compartilhada com toda a “Família Oblata”, nos 15 países onde se desenvolve a missão.
Fonte: Pastoral da Mulher