Num cenário dramático de pandemia, com mais de 124 mil mortos e que ultrapassa os 4 milhões de contaminados pela covid – o Grito dos (as) Excluídos (as) realiza sua 26ª edição com o tema “Vida em primeiro lugar” e o lema: “Queremos trabalho, terra, teto e participação”, com atividades em todo o país, nesta segunda-feira, 7 de Setembro.
O atual cenário em que está inserida a pátria é verdadeiramente dramático. Não só por conta da pandemia do Coronavírus, mas porque esta calamidade vem se juntar a outras que atacam e destroem a vida, atingem todo e qualquer princípio humano de convivência social. A ameaça contra a vida é constante em suas diversas formas, entre elas, as mais evidentes: a da violência do Estado e de suas instituições com os altíssimos índices de assassinato de jovens negros, pobres, periféricos, favelados; a violação dos direitos básicos como água, moradia, saúde e educação de qualidade, lazer, cultura, trabalho, transporte; a violência contra mulher; o feminicídio e outros
Basta de miséria, preconceito e repressão! Queremos trabalho, terra, teto e participação! A luta continua!
“Quem são os que gritam hoje? Não são apenas vozes. Têm rostos. De encarcerados, povo em situação rua, comunidades tradicionais, povos indígenas, periferias, trabalhadores em serviços precarizados, ciganos, migrantes, circenses. Gritamos porque tem vozes sendo abafadas, oprimidas”, disse Dom Mário Antônio da Silva, bispo de Roraima, vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). E nós completaríamos: SÃO GRITOS DE MULHERES! Que para além do medo de contrair o vírus que tem preocupado o mundo, encaram a perda massiva de emprego, aumento da sobrecarga de trabalho, conflitos familiares e até a escalada de violência doméstica.
Nesse sentido, como todos os anos, a Pastoral da Mulher, Rede Oblata Brasil, continuará fazendo ecoar o seu grito em favor das mulheres, em especial as que estão no contexto de prostituição e que são vítimas do tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, fazendo ecoar um grito que denuncia as estruturas injustas, mais que anuncia a esperança, a fim de construir um novo projeto de sociedade.
Pastoral da Mulher – Unidade Oblata em Juazeiro/ BA