Milhares de mulheres e meninas no mundo vivem em uma situação de pobreza e necessidade econômica que muitas vezes as leva a cair nas redes de tráfico humano, terminando em 79% (UNODC) em exploração sexual. Há uma série de fatores estruturais que são cruciais e a base desse crime é tão difícil de avaliar por causa de sua natureza clandestina: o capitalismo, o feminismo da pobreza, migração, racismo, etc. Por isso, no combate ao tráfico, era importante colocar as pessoas no centro e incorporar, em todas as suas áreas, uma abordagem de direitos humanos e uma perspectiva clara de gênero e crianças.
Desde a Fundação Serra-Schönthal, levamos em conta principalmente as recomendações, reflexões e o trabalho dos projetos da Congregação das Irmãs Obladas do Santíssimo Redentor, entidade fundadora, que faz parte de diversos países de Redes de Combate ao Tráfico de Pessoas. Nos posicionamos a favor de uma Lei Integral contra o Tráfico, tendo em vista as reflexões e conclusões da comunidade internacional, as revisões da legislação comparativa dos países, as experiências dos diferentes atores envolvidos que mantêm contato com as vítimas e, o mais importante, as reais necessidades das mulheres atendidas. Levando em consideração especial aqueles que normalmente são excluídos dos procedimentos administrativos e legais, e que, portanto, são aqueles que estão em situação de maior vulnerabilidade.
Este é o trabalho de todos. Por uma vida digna para todas as mulheres e meninas.
Fonte: https://www.fundacionserraschonthal.org/post/d%C3%ADa-mundial-contra-la-trata-de-personas