RESISTIR, CONSTRUIR E AVANÇAR

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Resistir, construir e avançar são verbos que as mulheres negras carregam consigo historicamente. Da luta contra a escravidão aos tempos atuais, elas fazem a micro e macro política nas ruas e nas arenas públicas.

25 de julho –  Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha

A data surgiu em 1992, após a realização do primeiro Encontro de Mulheres Negras, Latinas e Caribenhas, em Santo Domingos, na República Dominicana, com o objetivo de debater formas de combate ao racismo e ao machismo existentes na sociedade. A data foi oficializada pela ONU em 1992.

Dia Nacional de Teresa de Benguela

Tereza de Benguela, a grande homenageada do Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha, foi uma líder quilombola que ajudou comunidades negras e indígenas na resistência à escravidão no século XVIII.

Após a morte do marido, José Piolho, Tereza assumiu o comando do Quilombo Quariterê e o liderou por décadas. Ficou conhecida por sua visão vanguardista e estratégica.

Sua liderança se destacou com a criação de uma espécie de Parlamento e de um sistema de defesa. Ali, era cultivado o algodão, que servia posteriormente para a produção de tecidos. Havia também plantações de milho, feijão, mandioca, banana, entre outros.

A data de hoje reforça a luta histórica das mulheres negras por sobrevivência em uma sociedade estruturalmente racista e machista.

Mais da metade da população brasileira é negra, segundo dados do IBGE. Porém, essa população, em especial as mulheres negras, protagonizam os piores indicadores sociais.

De acordo com o Atlas da Violência de 2019, 66% de todas as mulheres assassinadas no país naquele ano eram negras. Além disso, 63% das casas chefiadas por mulheres negras estão abaixo da linha da pobreza, de acordo com a última Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE.

Contudo, uma vez garantida a vida e superada a miséria, os desafios continuam. Apesar de, pela primeira vez, os negros serem maioria nas universidades públicas, como aponta a pesquisa Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil do IBGE, mulheres negras ainda recebem menos da metade do salário de homens e mulheres brancas no Brasil, independente da escolaridade.

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
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