A situação de extrema pobreza é vista principalmente sob o aspecto da falta de alimentos e da falta de moradia. Acabamos esquecendo dos itens de higiene e ainda menos se fala sobre a higiene íntima da menina/mulher durante o período menstrual.
A higiene menstrual é um direito sexual e reprodutivo das pessoas que menstruam e acontece quando estas possuem acesso a materiais e psicossociais para fazer um gerenciamento informado, saudável e digno de seu ciclo menstrual.
A pobreza menstrual não se refere apenas à privação de absorventes, mas também decorre da privação do direito ao conhecimento e acesso à informação deste processo biológico inerente ao seu corpo, do isolamento social e das restrições impostas a pessoas que menstruam devido à condição de estar menstruada.
Dando seguimento a agenda dos 21 dias de ativismo, a UBM Juazeiro esteve na Pastoral da Mulher para uma roda de conversa com as assistidas pela instituição, onde abordaram as diversas formas de violações aos direitos humanos das mulheres, em especial a falta de acesso à saúde.
Foram entregues kits de higiene pessoal com absorventes, enfatizando a luta contra a pobreza menstrual que atinge muitas mulheres em contexto de vulnerabilidade social.
Não é só um absorvente, é proteção, bem estar, autoconfiança, respeito e dignidade.