Governo Geral Oblata visita projetos de missão no Brasil

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No mês de março, os projetos de missão Oblata no Brasil receberam a visita do Governo Geral da Congregação das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor, composto por Ir. Lourdes Perramon, Superiora Geral; Ir. Zenda Pepito e Ir. Maria Luisa Arreba, Conselheiras. Na ocasião, as religiosas puderam conhecer as unidades localizadas nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Bahia, e se aproximar da realidade da equipe e mulheres assistidas. Juntas celebraram localmente o bicentenário do nascimento de Antonia, fundadora da Congregação, confraternizaram e tiveram momentos de escuta ativa em rodas de conversa e dinâmicas organizadas por cada equipe local. Os passos da missão Oblata se conectam pelo Brasil e pelo mundo, na defesa dos direitos humanos das mulheres em contextos de prostituição e vulnerabilidade social.

Caminhando juntas com mulheres diversas

Cada vez mais a Igreja busca o caminho da sinodalidade, termo que significa “caminhar juntos”, o que provoca as Oblatas a continuar indo ao encontro e dialogar para construir caminhos de comunhão, justiça e escuta recíproca. Este modo de ser e agir da Igreja busca a solidariedade, transparência e invoca a participação do povo. As partilhas das mulheres assistidas e leigas que atuam na missão mostram o caminho percorrido, as histórias de vida, a força de quem acredita em um mundo melhor e vai tecendo-o pouco a pouco.

Emoção, partilha e sororidade

Foi no Dia Internacional da Mulher, 8 de março, que as Irmãs do Governos Geral chegaram à unidade Diálogos pela Liberdade – Rede Oblata em Belo Horizonte/MG – para conhecer o local e vivenciaram uma partilha emocionante. Foi organizada uma roda de conversa com a equipe e mulheres assistidas, que trouxeram suas conquistas, seus desafios e perspectivas de futuro. Linda, uma das mulheres que fez o curso de Cuidadora de Idosos realizado em parceria com a instituição, vestiu seu jaleco do curso de Técnico de Enfermagem que está concluindo, ressaltando orgulhosa as suas mudanças e realizações. Ela contou sua trajetória desde o primeiro contato com o projeto de missão, descrevendo como a acolhida, o atendimento psicológico e os encaminhamentos foram importantes para seu crescimento humano. A sua força nos inspira e alimenta na luta por justiça social.

“Eu quando encontrei o Diálogos Pela Liberdade não me sentia respeitada pela sociedade devido à minha situação profissional. Ser questionada “qual sua profissão” doía. Foi um simples papel na parede do hotel convidando para um curso que mudou minhas atitudes e minha vida. Fácil? Não! Tive que abrir mão de muitas coisas que eu tinha através da antiga profissão que o dinheiro me dava.

Mais uma certeza eu tenho, eu provavelmente seria “Claudia ” até hoje se não tivesse tido o apoio e até hoje acompanhamento da equipe. Hoje sonho com a fisioterapia após meu COREN de técnico e como sou grata à todas que me acompanham por isso. “Dialogando vou em busca de Liberdade”. Obrigada Igreja Católica.” (Linda – Assistida pela Unidade Diálogos pela Liberdade)

Jade, coordenadora do coletivo Clã das Lobas (autodescrito como Coletivo formado por profissionais do sexo de Belo Horizonte), assistida pela equipe Oblata, conta que só revelou a atividade de prostituição para sua família após a sua saída, quando se tornou ativista. Hoje, ela atua como Conselheira de Saúde da Mulher e no Conselho de Prevenção à Violência Contra a Mulher. Sua história instiga a pensar e agir, pois traz uma narrativa de resistência e solidariedade. Com apoio da Rede Oblata e outras organizações, ela…

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Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
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