Chega de Fiu Fiu: combatendo o assédio em locais públicos

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Se o “fiu fiu”, aquele assobio efetuado por causa da passagem de uma mulher, é ato apreciado por muitos homens, o mesmo não se pode dizer das mulheres, vítimas de assédio de todas as formas. Um assobio, um “esfrega” no ônibus lotado ou o uso de termos como “gostosa”, “avião”, etc., na maioria das vezes são atos desrespeitosos, especialmente porque feitos sem o consentimento das mulheres.
 
Chega de Fiu Fiu é uma campanha da OLGA, “um think tank dedicado a elevar o nível da discussão sobre feminilidade”, como definem as suas criadoras. O objetivo de manter vivo e frequente o debate sobre o que é erroneamente considerado rotineiro e normal, afirmam elas. De mapas online, em que mulheres podem sinalizar locais onde sofreram algum tipo de agressão, até uma pesquisa sobre o assunto que contou com 7762 participantes, as trabalhadoras do Think Olga também utilizam a arte para propagar sua mensagem através de ilustrações de vários/as artistas.
 
Uma das ações do grupo é a produção de um documentário que levará o nome da campanha: Chega de Fiu Fiu. “Além das entrevistas típicas, vamos registrar cenas de abordagens do cotidiano — e o faremos graças a um óculos com uma câmera escondida”, esclarecem as organizadoras. “Como quase todos os projetos da OLGA, o documentário também será colaborativo e esperamos enviar óculos para várias mulheres ao redor do Brasil, para elas dividam com a gente as violências sexuais que sofrem ao circular em locais públicos”.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
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