Ser Mãe na Real é …

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O conceito de maternidade por muitas épocas foi representado pelo termo “amor incondicional de mãe pelos seus filhos”. Era vista principalmente pelo ângulo da “romantização”, a qual na prática, levou muitas mulheres a viveram frustrações e conflitos internos, por terem dedicado suas vidas apenas para cuidar dos seus filhos e da casa.

A experiência da maternidade é para muitas mulheres fantástica e ao mesmo tempo desafiadora, pois provoca mudanças na percepção da realidade e dos relacionamentos, afinal, não existe uma receita pronta para lidar com certos desafios, pois, cada indivíduo é único.

Pode-se dizer que é um grande desafio é equilibrar as necessidades de uma mulher e a necessidade de cuidar dos filhos. Essa rotina, na maioria das vezes, é algo extremamente complicado em grandes cidades. O mercado de trabalho não oferece condições mais favoráveis às mães que têm filhos, principalmente filhos pequenos. Uma das dificuldades é que nem sempre é fácil encontrar creches, berçários ou escolas acessíveis, tanto financeiramente quanto em questões de localização, para que as mães deixem seus filhos. Barreira que se soma ao preconceito criado pela sociedade quanto à terceirização dos cuidados com crianças, o que levou as mulheres cada vez mais optarem por ter o menor número de filhos, ou por ter filhos um pouco mais tardiamente, quando em seu conceito atingir uma certa “maturidade”.

Confira:

A maturidade adquirida ao tornar-se mãe, é nitidamente descrito nas palavras de Railane Delmondes, educadora social da Rede Oblata em Juazeiro/BA (Pastoral da Mulher), que abre seu coração de mãe e fala sobre os desafios e alegrias da maternidade, na real, principalmente em tempos de pandemia.

“A experiência materna me trouxe a completude, mesmo com todos os desafios diários, as noites mal dormidas e todas as responsabilidades que chegam com um filho. Mas nada é tão revolucionador na minha vida do que ser mãe. Me trouxe mais maturidade, mais alegria, novos sentidos. Minha filha me ensina todos os dias, principalmente e viver a vida com mais leveza, a reservar horas do meu tempo para ela e ser criança junto com ela.”

Railane Delmondes

Dentro do contexto da maternidade, o ciclo social da mulher teve uma contribuição muito importante. Desde as sociedades primitivas, mães criavam “redes de apoio”, que proporcionavam uma segurança maior a elas – o que também acontece na atualidade: tias, avós e até mesmo parentes mais próximos se disponibilizam, apoiando e ajudando a cuidar das crianças pequenas. Essa rede de apoio deve existir, pois, é essencial para que a mãe não se sinta sobrecarregada e não entre em conflitos internos perante tantas mudanças.

No entanto, tornar-se mãe não é algo tão simples. É preciso encarar uma nova identidade, ou seja, quem era apenas filha agora é filha e mãe. Maternidade em seu abrangente significado, não se resume apenas no compartilhamento dos fatores biológicos, a maternidade é uma função social, assim, constitui, prepara e transforma indivíduos para a vida.

Pastoral da Mulher – Unidade Oblata em Juazeiro/BA

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
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