44 anos de missão em Juazeiro – BA

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Em 1978 nasceu na Diocese de Juazeiro – BA um trabalho pastoral voltado para o atendimento às mulheres marginalizadas. Este trabalho surgiu com Dom Tomas Guilherme Murphy – o primeiro bispo da Diocese – e um grupo de voluntárias, que se sensibilizaram com a realidade de exclusão a qual viviam as mulheres.

Inicialmente o trabalho foi desenvolvido em um pequeno espaço, que recebeu o nome de Escola Profissional São José. Um ano depois, as atividades foram se expandindo e foi a partir daí que surgiu a necessidade da criação de um novo espaço para acolher a entidade. Com isso, foi inaugurado em 1978 a Escola Senhor do Bonfim – em homenagem ao Santo de devoção típica do povo baiano – onde até hoje é a Sede da Pastoral da Mulher.

Com a chegada do segundo bispo na Diocese, Dom José Rodrigues, em pleno contexto da construção da Barragem de Sobradinho, época denominada pelo povo e movimentos sociais como um período de grande injustiça social, onde inúmeras famílias foram desalojadas de suas terras de uma forma dramática, chegaram em 29 de abril de 1981, a convite de Dom José, as Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor para assumir juntamente com as equipes de agentes de pastoral, a coordenação do trabalho com as mulheres.

A partir desse trabalho conjunto entre a Diocese de Juazeiro e a Congregação das Irmãs Oblatas, foi possível assistir muitas mulheres em suas mais variadas demandas durante esses anos.

Os 44 anos foi comemorado junto às mulheres na sede da Pastoral, com breve momento celebrativo conduzindo pela equipe e com a presença e oração de Pe. Marcos da Silva Santos, da Congregação dos Missionários Redentoristas, pároco da Paróquia de Santo Antônio, em Juazeiro/BA.

Fernanda Lins, coordenador da Pastoral, expressou sua gratidão as assistidas: ” Gratidão às mulheres assistidas. Gratidão por nos ensinarem a cada dia, com seus exemplos de força e resiliência, mesmo quando a realidade é difícil. Vocês são os nossos maiores exemplos e a verdadeira motivação para continuidade da missão”. E continuou lendo algumas mensagens encaminhadas pelas assistidas:

“Meus parabéns para esse lugar acolhedor q me recebeu e me recebe tão bem , obgda a vcs meninas por serem esses amores conosco. Parabéns a pastoral da mulher pelos seus 44 anos” (Fala de Mulher assistida)

Depoimento de mulher assistida enviado via WhatsApp

A coordenadora ainda destacou: “Estas falam nos deixam felizes e confiantes de que estamos no caminho certo. Guiadas por Deus e pelos ensinamentos deixados por por Madre Antônia e Padre Serra, seguimos fazendo a diferença na vida e na história de cada mulher que passa na nossa sede e que encontramos nas ruas, nos bares e boates”

A equipe da Pastoral da Mulher agradece a Deus e a sensibilidade de tantas pessoas, que escreveram e escrevem essa história. Pessoas que continuam acreditando em um mundo mais humano, justo e solidário, onde se possa viver com dignidade e que os direitos das mulheres sejam respeitados e elas que elas não sofram julgamentos, violências nem repressões.

Fonte: Pastoral da Mulher

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais da Pastoral da Mulher – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais. 
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